Cicloviagem de Praia Grande-SP a Iguape
Cidade de Iguape
Iguape é o maior município em extensão territorial do Estado de São Paulo. Com uma população com pouco mais de 30 mil habitantes. A cidade possui uma paisagem, verde, com muitos manguezais, e é um dos últimos trechos intactos de vegetação de mata atlântica no litoral. Para preservar isto, a Cidade tem 40% do seu território protegido por lei. Iguape é parte do Complexo Lagamar, que engloba os municípios de Iguape, Ilha Comprida, Cananéia e Pariquera-Açu, no Estado de São Paulo, e Paranaguá, no Paraná.
É um dos berçários naturais do mundo, com uma infinidade de espécie de plantas, de aves, de peixes e outros animais marinhos. Os manguezais sustentam centenas de famílias através da pesca artesanal, que vem de pai para filho.
A cidade, também é conhecida por seus casarões do século 16, 17 e 18. O centro da cidade tem o maior conjunto arquitetônico do Estado, e tombado por órgãos de defesa Estadual e Federal. A construção onde se encontra o Museu Municipal da Cidade foi a primeira casa de fundição de ouro do Brasil, construída em 1635. Ainda existem muitos casarões que eram feitos de pedra, cal e óleo de baleia.
A cicloviagem
Eu viajo como mochileiro, conhecendo as Cidades e Estados Brasileiro, desde aos meus 18 anos, me aventurando e visitando as belezas deste país. O Brasil é um país muito imenso, mas mesmo assim consegui conhecer 20 capitais do Brasil e outras cidades. Vale ressaltar que ainda falta conhecer as capitais dos Estado do, Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará, Roraima e Amapá e Distrito Federal . Eles estão mais ou menos no mesmo itinerário, segundo meus planejamentos só devo realizar em 2024.
Sempre gostei de viajar e pensava em viagem mais distantes e fora do país, mas o tempo foi passando, passando e essa viagem nunca saiu. Nos últimos 4 anos eu descobri o cicloturismo, me identifiquei e despertou o meu interesse. Caiu como uma luva no meu projeto que era viajar a América do Sul, América Central e do Norte, com pouco dinheiro. A princípio estava previsto fazer de mochilão.
Então fui estudando sobre o assunto, sobre as bicicletas, a parte mecânica, fui comprando material de camping, vestuário, equipamentos e um monte de coisinhas. Tudo isso tem que ser aos poucos, o investimento inicial é grande, não é tão baixo assim como alguns dizem, pegar a bicicleta e sair. Viagem longa você tem que se preparar.
Após tudo isso resolvi colocar em ação a minha primeira cicloviagem. E o destino era a tradicional Festa do Senhor Bom Jesus de Iguape, a segunda maior festa religiosa do Estado de São Paulo, ela reúne pessoas de vários lugares do Brasil. Milhares de devotos chegam até Iguape, de bicicleta, a pé, a cavalo, e outros meios para agradecer as graças alcançadas. Resolvi ir junto com o grupo de cicloturistas e ciclistas “Cicloturita”, Fui com eles no Pedal Anchieta/2018, pessoas simplesmente maravilhosas.
Saí de Praia Grande-SP, onde moro, e percorri 45 km pela BR 101, para se encontrar com o grupo na cidade de Itanhaém-SP. Fiquei descansando um pouco na casa do ciclista de Itanhaém, para depois pedalar por mais 148 km direto, já comecei batendo o meu próprio recorde. Saímos as 3 horas da manhã de uma quinta feira e fui com eles até Pedro de Toledo, uns 53 km juntos, esse trecho foi bem tranquilo, embora estivesse com alforges trazeiro e peso deu para acompanhar normalmente.
Acontece que eles estavam sem bagagem e bicicletas de pedal rápido, inclusive caloi 10 e não deu para acompanhar na primeira serra de 4 Km em Pedro de Toledo. Eles tinham um carro de apoio que saiu antes levando as suas bagagens. Reencontramos depois de 76 Km pedalados no Posto de Gasolina Fazendeiro, as 8:30 da manhã, parada para lanche. Acompanhei eles pela Rodovia Régis Bitencourt (BR 116 ) cerca de 20 km até o trevo de acesso a Iguape e ingressando na Rodovia SP-222, pista sem acostamento.
Logo no início surgiu outra serra, só que esta era de 7 km. Demorou um pouquinho mais cheguei lá no tôpo. Já era quase meio dia quando reencontrei de novo o grupo, parei para fazer um lanche e grupo seguiu diante. Ainda faltavam aproximadamente 50 km para chegar em Iguape e mais 10 km até Ilha Comprida onde nós íamos pernoitar na noite de sexta feira. Eu parava muito para conversar, filmar e tirar fotos.
Foram 45 km restantes de vento contra, olhava no velocímetro e não passava de 12 km/h, o que atrasou um pouco. Faltando uns 10 km encontrei um grupo de 13 ciclistas de Praia Grande, moravam todos em bairros próximos da minha casa mas não conhecia ninguém. O incrível e quando cheguei na placa de entrada da cidade, estava tirando foto, passou ao meu lado um amigo que jogava futebol comigo na adolescência, o Ernesto, a irmã dele trabalhou comigo em agência bancária. Foi o que atrasou um pouco. Cheguei no centro de Iguape as 16:00 h, duas horas depois do grupo Cicloturita.
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FIM